domingo, 23 de maio de 2010

RETALHOS





Personagens chaves:
Marido [Cena I]
Esposa [Cena I]
Motorista [Cena II]
Enamorado [Cena III]
Enamorada [Cena III]
Cega [Cena IV]
A Mãe [Cena V]
(pessoas da rua e do sinal)
/Musica 1/
Introdução “Encontros” (todos)
De vários locais diferentes os atores começam a sair. De forma gradativa vai chegando ao centro de cena. E quando vão chegando formam um único círculo. Olham-se e trocam de lugar. Juntam as mãos no centro. Olham-se. Viram-se para platéia dão um passo para frente. Trocam de lugar. Param e olham para platéia e saem um de cada vez. Só ficando o grupo de primeira cena.

/Musica 3/
Cena I “O casal”( David e Bel)
David senta. Pega um jornal abre. Bel chega. Senta ao seu lado. Abre um jornal. (tempo) David, abaixa o jornal e finge ligar uma TV. Ele faz movimentos como se estivesse vendo um jogo de futebol. Bel abaixa o jornal devagar. Olha para ele como ar de superioridade. Olha para o local que estaria a TV. Tenta conversar com ele. Ele continua olhando para TV. Isso acontece mais uma vez. E a mesma situação se repete. Ela se levanta e olha para ele com raiva. David nada faz. Ela sai. (pausa) Ele olha para onde ela foi. Desliga a TV e abre o jornal.

/Musica 5/
Cena II “O Ônibus” (David, Aninha,Andre,Thais, Tamiris, Carol, Rey, Cintia e Claudio)
Aninha, Andre, Thais, Tamiris, Carol (cega) e Rey entram. Todos trazem cadeiras. Andre (motorista) mais na frente e finge está segurando um volante. Os outros atrás do lado d e David. E formam ao todo duas filas. Eles fazem movimentos como se estivessem num ônibus. Chegam Cintia e Claudio. Pedem parada. Entram e ficam de pé. David levanta-se. Dá sinal para descer. Sai do ônibus e de cena. Claudio senta-se. E pega a bolsa e a pasta do que ficou de pé. (pausa) O ônibus dá um freio. Cintia quase cai. Aninha pede sinal e desce. Depois Thais, Tamiris, Carol, Rey, Claudio isso tudo de forma gradativa. Só ficam em cena Cintia e Andre. Depois o motorista sai e leva sua cadeira e a dá mulher.

/Musica 7/
Cena III “A chuva” (Wilker e Cintia)
Cintia observa o seu redor. Percebe que vai chover. Abre seu guarda-chuva. Do outro lado entra Wilker correndo. Fica de costas para ela e abre o seu guarda-chuva. Eles andam em círculos. Até que andam para frente. Viram-se. Olham-se profundamente. Wilker dá um passo na frente e Cintia um para trás. Ele estende a mão e ela de vagar a pega. E saem de braços dados.

/Musica 9/
Cena IV “O Sinal”(Tamiris, Claudio,Willany, David, Rey e Carol)
Sinal aberto (Tamiris). Claudio entra. Sinal fechado. Para. Olha para os lados. Idéia de avenida movimentada. Chegam Willany, David e Rey. E esperam junto com Claudio. Do outro lado. Chega Carol (cega), com bengala e óculos escuros. A primeira pessoa observa. O sinal abre. Willany, David e Rey andam cruzam o sinal e saem. Claudio atravessa, ajuda Carol (cega) a cruzar a avenida. Carol sorrir agradecida e sai. O sinal fecha. Claudio espera.

/Musica 11/
Cena V“ A criança” (Claudio, Andre, Bel, Aninha e Thais)
Claudio permanece. Do outro lado aparece Thais com uma criança no colo. Eles estão de lados opostos. Sinal abre. Cruzam-se. Claudio sai. Thais fica parada olhando para criança. Entra Andre, Bel e Aninha . Ficam ao redor dela. Ela oferece a criança a cada um. Os três se negam. Mudam de lugar. Thais retorna a oferecer a criança. Novamente eles negam. Sai um de cada vez, deixando ela sozinha em cena. Triste olha para a criança. Ver um cesto de lixo. Olha fixamente para criança. Anda de forma devagar, coloca a criança no lixo e sai correndo por dentro da platéia.

/Música 13/
Cena VI “A indecisão” (Rey, Wilker, Cintia, Willany, Aninha, Claudio, Andre)
Criança em cena, sozinha. Rey entra em cena. Olha para criança, a pega no colo. Faz com que a criança pare de chorar. Chega Wilker e Cintia de braços dados. Rey dá a criança. O casal olha para ela, sorriem e sai. Rey só em cena. Willany e Aninha chegam. Uma de cada lado. Rey olha para as duas. (tempo) Chega para Willany, e alisa seu rosto. Depois olha para outra, anda em direção a Aninha e lhe dá um beijo na testa. Volta para o centro. Indecisão. Olha para as duas mulheres. Anda um passo em direção a uma, depois volta. Faz o mesmo com a outra. (pausa) Chega Andre e Claudio, um de cada lado. Olham para as mulheres. Elas olham para o homem do centro. Os homens de vagar se aproximam e pegam na mão das duas mulheres. Elas retornam o olhar ao do centro, mais acabam virando-se para os que estão ao seu lado. Rey entra em desespero. Cada casal se olha fixamente. Rey coloca as mãos na cabeça. Mulheres têm as mãos beijadas pelos homens e assim, de braços dados, cruzam a cena e saem. Rey permanece ao centro, parado.

/Música 15/
Conclusão “Desencontros” (Todos)
Todos os atores entram. Um de cada vez. Vai aos poucos formando duas fileiras, uma de frente para outra. Os atores da mesma fileira se olham e andam. Cruzam com os atores da outra e chegam a mudar de lugar. Isso acontece três vezes. Andam agora de forma alternada, sem seguir nenhuma lógica, como se estivessem soltos. Vão parando devagar, até que todos fiquem de frente para platéia.

O RAPTO DOS SORRISOS





Palhaços:
Estrelinha
Bolinha
Pipoca
Paçoca
Chocolate
Jujubinha
Pirulito
Caramelo
Tristeza, e seus ajudantes (3)
Alegria

[MÚSICA] 1 e 2

Os palhaços entram fazendo seus truques provocam risadas na platéia. Depois saem. Entra a Tristeza e seus ajudantes que começam a roubar os sorrisos de todos. Saem. Entra a palhaça Estrelinha cantarolando, percebe que existe um grande silêncio e começa procurar entre as pessoas, na parede, no teto. Cansada, senta-se. Entra Bolinha, Caramelo e Pipoca.

ESTRELINHA (olhando para a platéia)
Para onde foram todos os sorrisos?
BOLINHA
Estrelinha, você não soube?
PIPOCA
A Tristeza veio, pegou um por um...
CARAMELO
Não sobrou nadinha!
ESTRELINHA
E agora? O que será de nós, palhaços, sem os sorrisos das crianças?
[MÚSICA]3
Os quatro palhaços ficam tristes. Até que escutam um barulho, se escondem atrás do banco que estavam sentados. Entram os palhaços Jujubinha, Paçoca, Chocolate e Pirulito correndo muito, caem, continuam a correr até que se abraçam no meio de cena.

JUJUBINHA
Ai, meninos, onde vamos nos esconder?
PAÇOCA
A Tristeza ainda está à solta.
CHOCOLATE
Eu protejo vocês! Pode deixar com o Palhaço Chocolate aqui!
PIRULITO (começa a imitar de forma desajeitada movimentos de karate)
Com o Pirulito também!Fui eu que ensinei ao Jack Jean a lutar. Ia...
BOLINHA (saindo do esconderijo)
Ainda bem que são vocês!

(Jujubinha, Paçoca, Chocolate e Pirulito ao escutarem a voz de Bolinha levam um susto e saem correndo, dois para canto do palco.)

ESTRELINHA
Ei, é a gente!Jujubinha, Paçoca!
PIPOCA
Não precisa se esconder... Vem cá Chocolate, Pirulito.

(Eles se aproximam dos outros palhaços.)

CHOCOLATE
Poxa, que susto!Vocês estão também se escondendo da Tristeza?
CARANELO
Sim...ela levou todos os sorriso que tinha por aqui.

Os palhaços ficam tristes.

BOLINHA
Temos que trazer os sorrisos de volta!
ESTRELINHA
Mas, como vamos vencer a tristeza?
PIRULITO
Precisamos de um plano.
PAÇOCA
Temos que descobrir o ponto fraco dela.
CHOCOLATE
Qual é?

[MÚSICA] 4

Todos se olham, fazendo sinal de negativo e de dúvida. Escutam a chegada da Tristeza e de seus ajudantes. Todos os palhaços se escondem fingindo ser árvores, lâmpadas, embaixo do banco, no meio do publico.

TRISTEZA (mostrando um grande saco)
Ah!Ah!Ah! Estou com todos os sorrisos das crianças.
AJUDANTE 1
Nunca mais haverá felicidade.
AJUDANTE 2
As crianças vão se sentir sozinhas...
AJUDANTE 3 (se preparando para entrar no meio do público)
O choro vai invadir todas as casas...
TRISTEZA
Calma meus ajudantes terríveis. Nossa festa de maldade só está começando.
AJUDANTE 1
Isso mesmo.
AJUDANTE 2
Mas, temos um problema.
AJUDANTE 3
Os Palhaços...
TRISTEZA
Muito fácil. Sem sorrisos, eles vão acabar morrendo. Isso é questão de tempo. (começa a gargalhar)
AJUDANTES. (rindo também)
A Tristeza vai dominar o mundo!

A tristeza e os ajudantes saem. Os palhaços que estavam imóveis vão para o centro de cena.

JUJUBINHA
Foi quase, quase...
ESTRELINHA
Por pouco.
CHOCOLATE
Vocês viram aquele grande saco que estava com a tristeza?

(todos balançam as cabeças)

PAÇOCA
É lá que devem está os sorrisos das crianças!
PIPOCA
Temos que recuperá-lo!
BOLINHA
Isso tem que ser logo, não ouviram o que a tristeza falou?
PIRULITO
Se passarmos muito tempo sem sorrisos, nós morreremos!(começa a chorar)
CARAMELO
Pare com isso!
JUJUBINHA
É isso que a tristeza quer.
PAÇOCA
Que fiquemos tristes!
CHOCOLATE
Somos maiores que ela!
BOLINHA (subindo no banco)
Já sei como vencer a Tristeza!

Todos olham para Bolinha

TODOS
Como?
BOLINHA
Ora!Temos que encontrar a Alegria!
CARAMELO
Isso mesmo, vamos procurá-la agora!

[MÚSICA] 5

Os palhaços se dividem e começam a procurar por todos os cantos, alguns vão para platéia, procuram entre as pessoas, debaixo das cadeiras. Voltam.

PAÇOCA
Nadinha.
PIPOCA
E agora?

Começam a andar de um lado para o outro pensando, até que por descuido Pirulito leva uma queda. Os outros palhaços se afastam, e Paçoca começa a rir e depois cada um começa a rir inclusive o próprio Pirulito. Assim, todos começam a rir e a Alegria aparece.

[MÚSICA] 6

ALEGRIA
Que risadas mais bonitas!Com tanta felicidade vocês me dão mais força!
ESTRELINHA
È a Alegria?
CHOCOLATE
È ela sim....Reconheço Alegria em qualquer lugar!
PIRULITO E BOLINHA
Encontramos a Alegria! Viva!
ALEGRIA
Mais eu sempre estive com vocês!
PIPOCA
Com a gente?
PAÇOCA
Onde?
ALEGRIA
Basta vocês ficarem felizes que eu apareço.
CHOCOLATE
Então, é assim que vamos vencer a Tristeza!
BOLINHA
Vamos fazer que as crianças voltem a rir!
CARAMELO
Isso pessoal! Vamos ao trabalho!

[MÚSICA] 7

Alegria começa a colocar sorriso nos rostos de todos. Os palhaços começam a fazer seus truque e distribuir para as crianças os doces (Paçocas, Jujubas, Pirulitos, Chocolates, Pipocas). Quando os palhaços estão no público entra a Tristeza e seus ajudantes que quando se preparam para atacar são bombardeados pelos sorrisos e risadas dos palhaços e das crianças. Assim, a Tristeza e seus ajudantes ficam tontos e saem correndo.

PIRULITO
Vencemos a Tristeza!
TODOS
Viva!
JUJUBINHA
Tudo isso graças a Alegria!
ALEGRIA
Os sorrisos existem dentro de vocês, basta ajudá-los a sair.

[MÚSICA] 8

Todos juntos começam a dançar e se confraternizar com as crianças. Fazem uma grande fila e chamam as crianças para participar. Depois a tristeza e seus ajudantes se juntam na festa.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sonho de uma noite de São João




Sociedade Nicola Mazza
Casa Melotto
Oficina de Teatro/ 2009
São João
Sonho de uma noite de São João
Autor:Onézia Lima


Personagens:

Santo Antonio
Mamulengo 1
Mamulengo 2
Coroné
Sinhá
Padre
Sacristão 1
Sacristão 2
Leandro
Daniel
Helena
Helô


I
[Música 1]
Os personagens entram nem cena. O padre fica no centro de cena e num plano acima, o personagem de Santo Antonio imóvel. Dançam todos, menos o Santo Antonio. Depois todos os personagens saem, ficando apenas os dois primeiros.

PADRE
Logo, logo chegará o São João, festa mais animada do Sertão.

Olhando para o Santo Antonio.
SACRISTÃO 1 e 2
Meu santinho amado, abençoa aos apaixonados.

Entra do coroné a sinhá, com sua filha, Helena e dois rapazes, o Leandro e o Daniel.

CORONÉ
Seu padre, estou com um problema muito sério e preciso da tua ajuda.
PADRE
Diga seu Coroné.
SINHÁ
Vinhemos falar de nossa filha, a Helena.
CORONÉ
Seu padre, olhe que má criação. Eu como pai, ofereci de tudo para essa menina.
SINHÁ
Casa, comida, roupa, educação.
CORONÉ
E ela não faz um gostinho meu. Oxente, eu mereço isso?
HELENA
Seu padre, painho e mainha querem que eu case com Daniel. Ele é um bom rapaz, mais meu coração pertence a outro, ao Leandro.
DANIEL
Seu padre, eu conheço Helena desde pequena. Nossas famílias são muito amigas. E seus pais fazem gosto.
LEANDRO
Mas, é de mim que ela gosta.
SACRISTÃO 1
Bom, os dois são de boa família.
SACRISTÃO 2
Tanto um como outro, será e um bom marido para sua filha.
CORONÉ
Mais, meu gosto está no casamento dela com o Daniel, e não com esse sedutor do Leonardo.
SINHÁ
Se ela não fizer nosso gosto, mando ela para o convento!
HELENA
Convento não, mainha!
PADRE
Eles são seus pais, e têm direitos sobre você, Helena.
SARCRISTÃO 1
Fazemos o seguinte: você tem até a noite de São João para decidir.
SACRISTÃO 2
Ou faz que seus pais querem, ou vai para o convento.
HELENA
A noite de São João é Hoje.
CORONÉ
Você tem o dia pra pensar. (sai junto com Daniel, os sacristãos e o Padre.)

Helena se vira para o Santo Antonio.

HELENA
Meu santinho, Santo Antonio. Me ajuda.
LEANDRO
Helena, tenho uma idéia. Vamos ter que fugir.
HELENA
Fugir, mais para onde?
LEANDRO
Longe dos olhos do seu pai.
HELENA
Mas, tem que ser agora.
LEANDRO
Combinado.

II
Entra Helô.

HELENA
Amiga Helô, tenho um pedido a lhe fazer.
HELÔ
Diga Helena.
HELENA
Sei como gostas de Daniel, queria pedir que você, ajudasse ele a me esquecer.
HELÔ
Isso é o que mais desejo. Mas, o que vejo! Você e Leandro estão fugindo.
LEANDRO
Isso mesmo, Helô. Contamos com você.
(os dois saem)

HELÔ
Vou ajudar sim! O meu amor Daniel. Vou contar para ele que Helena vai fugir com Leandro, assim ele me será grato para sempre. (Sai)

III
[música]
Pausa
Daniel entra e atrás dele Helô

DANIEL
Não acredito nisso que você está me falando. È verdade mesmo?
HELÔ
Pelo amor que sinto a você é sim. E eles já foram.
DANIEL
Então vou atrás.

Os dois saem Daniel na frente e Helô atrás.

IV
[Música 2]
Tudo vazio. O santo Antonio olha para os lados. Só mexendo os olhos. Depois se espreguiça. E anda pela cena.

SANTO ANTONIO
Meu Deus, que situação. Um casal querendo casar, e outro, querendo atrapalhar. Mas, eu como sou o Santo dos Enamorados vou ajudar. (E como se dançasse um coco falou)

Do barro, Deus criou o homem, e o homem com o pano crio o mamulengo. Venham bonecos danados, ajudar-me.
[Música 3]
Entra os Mamulengos como se dançasse cavalo marinho.

MAMULENGO 1
Diga padrinho Santo Antonio.
SANTO ANTONIO
Olhe, prestem muita atenção. Tem no meio do sertão uma flor que dá no mandacaru. Tragam-me uma.

Os mamulengos saem, pulado e anda por todo espaço até que some e depois volta num piscar de olhos com a flor.

[Música 3]

MAMULENGO 2
Aqui meu santinho Antonio. A flor dos enamorados.
SANTO ANTONIO
Ouçam bem. No meio do sertão tem um casal de jovens. Quero que você pegue uma pétola e coloque encima dos olhos do rapaz. Mas, é o casal que está separado e não unido.
MAMULENGO 1
Sim padrinho. O casal que não está apaixonado. Irá se amar. Entendemos.

Os Mamulengos sai e o Santo Antonio volta para sua posição. Entram Leandro e Helena

HELENA
Estou tão cansada. Vamos dormir um pouco meu amor.
LEANDRO
Claro Helena. Venha para junto de mim, quero dormir abraçadinho com você.
HELENA
Acho melhor não, tenho que preservar minha honra para o casamento. Importa-se?
LEANDRO
Não meu amor. Então boa noite.

(os dois se deitam separados)

Entra os Mamulengos. Que olham para o casal.

MAMULENGO 1
Estão separados.
MAMULENGO 2
Então é esse o casal.
(coloca o pó da flor de Mandacaru nos olhos de Leandro)
MAMULENGO 1 e 2 (rindo)
Agora vão se amar, pelo resto da vida.
(Saem)

Entra Daniel e Helô atrás dele. Mas, não vêem Leandro e nem Helena

DANIEL
Helô, por que você está me seguindo? Já disse obrigado pela sua informação.
HELÔ
Ah...Daniel, você não sabe que só está ao seu lado eu fico feliz.
DANIEL
Que honra, mais eu amo a Helena e não a você. E vou atrás do meu amor. (sai)

Helô fica triste. Quando nota que logo atrás dela está Helena e Leandro.

HELÔ
Olhe esses dois aqui. Estão dormindo. E separados, estranho.

Leandro se acorda e olha para Helô.

LEANDRO
Oh, Helô, és a flor mais bela do sertão. Meu coração se enche de amor por você.
HELÔ( assustada)
Leandro, estás louco?
LEANDRO (tentando abraça-la)
De amor por você.

(Helô sai e Leandro atrás dela)

Entra Daniel, Helena se acorda e olha para os lados e não ver Leandro.

HELENA
Leandro, Leandro meu amor, onde está você?
DANIEL
Muito bem Helena, querendo fugir de mim!
HELENA
Daniel, então você que fez Leandro sumir, onde está meu Leandro, me diga!
DANIEL
Eu não sei dele não.
HELENA (batendo em Daniel)
Você o matou. Seu assassino!
DANIEL (tentando fugir)
Não. Mas, por ter fugido com você, bem que merecia.
HELENA (Helena Batendo nele)
Assassino, assassino!
DANIEL
Olhe bem, eu não sei de Leandro não.
HELENA
Seu mentiroso!

(Daniel sai de cena, e Helena repetindo a ultima fala)

[música 4]
Santo Antonio sai do seu canto, e atrás dele aparece os Mamulengos.

SANTO ANTONIO
Meus filhos,que confusão vocês fizeram.
MAMULENGO 1
Eita, nos enganamos, meu santinho.
MAMULENGO 2
Vamos resolver esse problema num instantinho.

Os Mamulengos ficam observando. Entra Helena e Daniel que continuam brigando. Ele dança ao redor deles. E os dois caem no chão, dormindo.
Assim. Coloca nos olhos de Daniel o pó da Flor de mandacaru.

MAMULENGO 1
Prontinho.

(Sai)

Entra Helena e Leandro, ele com cara de apaixonado. Helô percebe que Daniel e Helena estão dormindo. Daniel acorda olhando para Helô.

DANIEL
Helô, minha amada! Sou seu eterno servo.
HELÔ
Agora danou-se.
LEANDRO
Ela é minha!

Helena acorda.

HELENA
Leandro, meu amor. Estava tão preocupada.
LEANDRO
Estava com meu verdadeiro amor
HELENA
Como assim?
LEAMDRO
Helô é minha verdadeira paixão.
DANIEL
Não, ela é minha paixão.

(os dois fazem Helô de cabo de guerra)

HELÔ
Socorro!
HELENA (para Helô)
Você me traiu
HELÔ
Olha Helena, eu estou como você. Entendendo nadinha dessa doideira toda.

DANIEL (Olhando para Leandro)
Convido você para um duelo. Premio: mão de Helô.

LEANDRO
Concordo
[Música 5]
Os dois começam um duelo.
[Música 6]
Quando estão prestes a atirar os mamulengos chegam e arroteando os casais, faz com eles durmam. Assim, coloca nos olhos de Daniel e de Leandro o pó. E faz com que cada um veja uma mulher. Assim, sai e entram o Padre, os sacristãos, a Sinhã e o Coroné. Que vêem os dois casais juntos.

CORONÉ
Olhe seu padre, esses quatro juntos.

Leandro, Helena, Daniel e Helô se acordam.

HELENA
Painho, Mainha, seu Padre.
DANIEL
Seu coroné. Tenho uma decisão a lhe informar. Meu coração pertence à Helô, e com ela que vou me casar.
CORONÉ
Então, ficamos como?
SACRISTÃO 1
Helena com Leandro e Daniel com Helô.
LEANDRO
Helena é a minha paixão mais verdadeira. Quero me unir com ela pela vida inteira.

Helena e Helô felizes abraçam seus noivos.

PADRE
Então, com a benção de Santo Antonio e de São João, casamento duplo em um festão.

Começa a quadrilha.
[Música 7]